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Vamos falar de FEEDBACK ? (sem revirar o olho, hein?)

Uma pesquisa do jornal britânico The Economist revelou que 52% dos entrevistados apontaram a comunicação falha como potencializadora do estresse e 31%, que essa dificuldade se reflete em desânimo pelo trabalho.

Essa palavrinha que muitas vezes causa arrepios e olhos revirados em algumas pessoas, na verdade é um verdadeiro presente (se bem utilizado) e uma super ferramenta de produtividade.

Oi? presente? Ferramenta?

É isso mesmo, vem comigo que vou compartilhar contigo os motivos que me levam a escrever isso.

Como assim presente?

Um presente de autodesenvolvimento.

Uma possibilidade de desenvolver ainda mais uma habilidade, de conhecer um novo jeito de realizar a mesma atividade ou ainda, uma oportunidade de enxergar novos horizontes.

Sabe aquele comentário que vem e simplesmente abre um universo inteiro na sua frente?

Pois bem, muitas vezes ele pode vir em um feedback, afinal de contas, mesmo sendo um ótimo profissional, entendendo muito do assunto que dominamos, o mundo é imenso, diverso e ágil… é impossível acompanharmos tudo.

Então, na próxima vez que alguém quiser dar um feedback sobre alguma atividade que você executou, não encare como uma correção de erros, ou apontamento de falhas, apenas pense: Talvez isso vai fazer com que eu passe a enxergar novos horizontes.

Ainda assim quero te lembrar uma coisa: presentes podem ser aceitos ou não 🙂

Caso o presente realmente não faça sentido, agradeça (sempre) e não o leve contigo.

Famosa #vidaquesegue, sabe?

E a ferramenta de produtividade? Vamos lá!

Uma das definições de Feedback segundo o Oxford Languages é:

“Informação que o emissor obtém da reação do receptor à sua mensagem, e que serve para avaliar os resultados da transmissão”.

Se ele serve para avaliar resultados de uma transmissão, com ele conseguimos ser mais assertivos na execução de uma tarefa, economizando nosso tempo e evitando retrabalho.

Ou seja, se você recebeu uma informação para executar um projeto e não ficou claro qual o caminho que deverá seguir, um feedback da sua parte, informando que você precisa de mais informações para iniciar as atividades poderá acelerar a assertividade das entregas.

Por outro lado, quando um projeto é iniciado e começa a caminhar para outros caminhos, um feedback de acompanhamento de etapas pode evitar um futuro retrabalho, quando todos perceberam que “não era bem isso”.

Maaaaas atenção, para que possamos dar (e receber) BONS presentes é preciso prestar atenção em alguns pontos importantes antes de distribuirmos feedbacks por aí:

1- Cuidado para não perder o timing: Deixar passar o tempo ou “se passar” no tempo, pode fazer os assuntos ficarem sem sentido, além de você misturar coisas que “estavam guardadas” 🙂

2- Não generalize as situações: Palavras extremas como “Nunca, sempre, todo mundo”, não são bem vindas em um feedback. É preciso lembrar que estamos falando da situação e não das pessoas envolvidas nela.

3- Não exponha pessoas: Situações delicadas devem ser resolvidas apenas entre as partes envolvidas. Além disso, em hipótese alguma devemos apontar pontos de melhoria em reuniões coletivas.

4- Cuidado com Feedbacks vagos: Não ter clareza do motivo ou do que é preciso mudar pode confundir o receptor além de desmotivá-lo. O ideal é que feedbacks que possuem o objetivo de correção, melhoria ou troca de linha de ação venham acompanhados de uma sugestão.

5- Entenda que as pessoas são diferentes e possuem ritmos diferentes: Conheça seu time e seus pares. Perceba quais pessoas precisam de mais detalhes e quais precisam de mais agilidade. Pessoas com ritmos diferentes deverão receber feedbacks de forma diferentes. Isso faz parte da maravilha de sermos HUMANOS e não Robôs!

E para encerrar, lembre-se que existem FEEDBACKS POSITIVOS!!!!

Use e abuse deles. Faça questão de validar e elogiar as pessoas com que você convive e trabalha.

Sabe aquela pessoa que deixa seu trabalho mais leve? Ou aquela que sempre “te salva” de uma enrascada? Quando foi a última vez que você disse “Obrigado, isso que você fez facilitou muito meu trabalho!” ?

Pooois é, pense e faça isso. Afinal de contas todo mundo gosta de ganhar um presente “sem data especial”, não é mesmo?

Duda Werner