Nidus

Conciliando tempo e produtividade em tempos de pandemia

Há algumas semanas atrás, nossa equipe estava prestes a fazer um grande lançamento e tínhamos um tempo relativamente curto para a entrega. Contávamos com uma equipe reduzida (3 pessoas) e como estávamos trabalhando remotamente por conta da pandemia, teríamos que ter bastante foco para que não houvesse atrasos ou contratempos. Assim, adotamos a técnica do pomodoro, com algumas adaptações.

Primeiramente, eu e meu colega, listamos as nossas tarefas da forma mais granular que pudemos fazer e orçamos em pomodoros de 30 minutos.

Por exemplo: criar uma mensagem de erro em caso do login estar inválido – 1 pomodoro.

Após mapearmos o trabalho do dia, conversávamos sobre o que iríamos fazer nesse período, para que cada um soubesse o que o colega estaria fazendo.

E, então, trabalhávamos 30 minutos totalmente focados, com microfones desligados e com a regra de ser proibido se comunicar nesse espaço de tempo (apelidado por nós de a “regra da vaca amarela”).

Decorridos os 30 minutos, conversávamos acerca do que foi feito, o que ficou faltando, as nossas dificuldades e falhas… Assim, caso ocorresse algum problema, o mesmo já poderia ser resolvido e isso levaria de 5 a 10 minutos, dependendo do ocorrido no pomodoro.

Por fim, falávamos sobre o que seria feito no próximo pomodoro e repetíamos o ciclo.

Quais foram os benefícios e a conclusão?

A primeira coisa levantada foi aperfeiçoar o “orçamento de tempo”, aquilo que você achava que seria resolvido em 1 pomodoro acabava virando 3. Mas, com o passar das rodadas, este quesito foi se tornando mais preciso. Esta administração responsável do tempo ajuda muito os programadores mais novos a aprenderem a orçá-lo com maior precisão.

Depois, percebemos que um colega ajudava o outro a “ter’ e “manter” o foco. Como assim? Por exemplo: Às vezes, eu não estava muito focado. Mas, como eu teria que me “reportar” para o meu colega sobre o que havia feito, não queria chegar ao término dos 30 minutos e, simplesmente, falar: “Não consegui fazer nada!” Então, estabelecendo esta pequena meta, fiquei focado em cumpri-la (nada mais gratificante do que dizer ao seu colega: – “Consegui completar tudo e ainda fiz mais um pouco!”).

Com isso, a resolução de problemas ocorreu de forma mais rápida, por exemplo: já estou a 30 minutos focado em um problema que não consigo resolver, então, no final do ciclo, conversarei com o meu colega para ver se ele não tem alguma solução ou um ponto de vista diferente do meu, para me ajudar a solucionar o problema. Às vezes, você está a meia hora concentrado (sem muito sucesso) e, ao resolver compartilhar a tela com seu colega, ele aponta detalhes que passaram despercebidos, tais como: “Esqueceu de colocar o ponto e vírgula ali”. Quando não aponta para situações ainda mais relevantes, que podem ter passado despercebidas ou, que, então, podem ser melhoradas ou mais exploradas.

Desta forma, partindo desta experiência pontual, recomendo que essas dicas sejam utilizadas em épocas com altas demandas e um curto período de tempo. Evita-se, com essas atitudes simples, de se sobrecarregar a equipe.

 No serviço público, especialmente, vive-se conjuntamente com a pandemia uma readequação no sistema de trabalho, que instituiu o home office, onde lidam-se com muitas pressões e uma demanda crescente. Assim, é mister essa organização do tempo para o desempenho das tarefas cotidianas, pois isso auxilia na manutenção do foco e no estabelecimento de metas que venham de encontro às necessidades mais urgentes.

Essas dicas, postas em prática, me ajudaram muito e, igualmente, espero que ajudem vocês algum dia! Afinal, as Soft skills estão aí para serem utilizadas e otimizarem tanto o nosso tempo quanto melhorarem a nossa produtividade!

Partilhando as nossas experiências podemos crescer profissional e pessoalmente, ao agregarmos conhecimentos múltiplos!

 

Foto: Nathan Dumlao – Unsplash